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Sala de aula eficaz

FAQ: entenda como funcionam as metodologias ativas

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ANDRÉ SCHRÖDER
12/08/2022

As transformações tecnológicas, sociais e educacionais têm estimulado mudanças no ensino. A proposta convencional de aulas expositivas para transmitir conhecimento já não é suficiente para formar indivíduos que crescem conectados ao mundo digital, com fácil acesso a todo tipo de informação. Em busca de uma educação voltada para o século 21, as escolas estão abrindo espaços para abordagens dinâmicas e interativas, capazes de desenvolver no aluno habilidades necessárias para enfrentar um mundo de avanços rápidos e contínuos.

Essas estratégias são conhecidas como metodologias ativas. Tratam-se de iniciativas que colocam o estudante como protagonista do próprio aprendizado, em um processo de construção de conhecimentos. Em busca de soluções para atividades propostas pelo professor, os alunos assumem o controle das ações — pesquisam, refletem, conversam, colaboram, criam, arriscam, decidem, erram, avaliam, descobrem, aprendem. É uma nova forma de aprender, que exige novos métodos de ensinar.

A seguir, neste FAQ especial do Portal Rhyzos, você confere os principais pontos em relação às metodologias ativas, bem como alguns exemplos práticos para deixar a sala aula mais eficaz.

Quais são os benefícios das metodologias ativas?

A abordagem estimula a autonomia intelectual do estudante, que se sente motivado e confiante para lidar com as tarefas propostas. Estudos indicam que essa conexão com as atividades aumenta o nível de aprendizagem, pois os conteúdos são abordados por meio de discussões, dinâmicas colaborativas e mão na massa. Além disso, trabalhar soluções para os desafios do mundo real desenvolve o pensamento crítico, o senso de responsabilidade e a compreensão sobre sociedade. O objetivo é formar pessoas mais preparadas, capazes de atuar ativamente para resolver problemas.

Leia mais: O que é um espaço maker. E como ele se aplica à educação

O que muda na relação entre aluno e professor?

Com a aprendizagem centrada no estudante, o professor assume o posto de guia das atividades. Ele continua sendo fundamental no processo de ensino, mas deixa de ser a fonte de todos os saberes para conduzir os alunos nessa jornada por conhecimento. O educador passa a atuar como um mediador, relacionando os conteúdos com a vida dos estudantes, propondo debates, estimulando o trabalho em equipe. Um professor parceiro de descobertas e aprendizados.

Como as metodologias ativas são implementadas na escola?

Se ela for uma novidade, é natural encontrar barreiras no ambiente escolar. O primeiro passo é capacitar os professores para que as metodologias ativas sejam aplicadas com eficiência. Outra iniciativa fundamental é manter um diálogo sobre o tema com pais e responsáveis. Por fim, é preciso acompanhar a adaptação dos estudantes para garantir que o nível de aprendizagem não caia. Recursos tecnológicos são essenciais à aplicação das metodologias ativas, mas há alternativas para iniciar o trabalho enquanto a escola vai sendo equipada.

Leia mais: Como adaptar a aula para o contexto ativo

Quais entraves dificultam o avanço das propostas? 

Transformar aulas convencionais em propostas dinâmicas associadas a ferramentas tecnológicas não é uma tarefa simples. Um dos principais entraves para a adoção de metodologias ativas é a falta de tempo para que os professores planejem atividades em novos formatos. Tal situação é agravada pelo cronograma escolar apertado, que não oferece muito espaço para testes. Além disso, ainda há resistência por parte de diretores, professores e pais.

4 exemplos de metodologias ativas

Aprendizagem baseada em projetos

É uma ótima maneira de desenvolver teoria e prática simultaneamente. O professor propõe um projeto para que os alunos possam se aprofundar em determinado tema por meio de pesquisa e investigação. A ideia dessa metodologia é criar experiências envolventes, com vivências práticas que podem turbinar o processo de aprendizado. Como resultado, os estudantes adquirem conhecimento e desenvolvem habilidades desejadas no mercado de trabalho.

Leia mais: FAQ: Entenda como funciona a aprendizagem baseada em projetos

Sala de aula invertida

Faz jus ao nome. Nela, há a inversão do processo tradicional de ensino e aprendizagem. Em vez de transmitir o conteúdo em sala de aula e propor um “tema de casa”, o professor incentiva o aluno a estudar previamente em casa para depois debater o assunto em sala de aula com os colegas. O estudo em casa é feito com apoio de materiais indicados — vídeos, textos, podcasts, imagens —, mas os alunos são incentivados a fazerem pesquisas por conta própria para aprofundar os conhecimentos. Em sala de aula, o professor incentiva a troca de ideias e ajuda a tirar dúvidas. No final, em pequenos grupos, os estudantes resolvem problemas ou criam algo a partir da aprendizagem adquirida.

Leia mais: FAQ: como funciona a sala de aula invertida

Gamificação

É trazer elementos da cultura de jogos — competição, desafios, regras e narrativas — para sala de aula, tornando esse tipo de entretenimento um aliado na aprendizagem dos conteúdos. A atividade pode ser inspirada em desafios de perguntas e respostas, em jogos de tabuleiros tradicionais ou em videogames modernos. Essa metodologia gera bastante engajamento e estimula os participantes a melhorar suas habilidades para atingir bons resultados.

Educação Maker

É aprender fazendo. Essa iniciativa estimula criatividade, adaptação, colaboração e muitas outras habilidades. O estudante deixa o ambiente de sala de aula tradicional para desenvolver novos conhecimentos com ajuda de ferramentas manuais e digitais — coloca a “mão na massa” em busca de soluções para diferentes tipos de problema. A metodologia oferece melhores resultados quando aplicada em ambiente adequado, o chamado espaço maker, equipado com impressora 3D, cortador a laser, furadeira, máquina de costura, componentes eletrônicos e muitas outras ferramentas.

Leia também: O próximo passo da educação maker [ebook grátis]


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