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Prática docente

Como garantir a inclusão de alunos neuroatípicos na escola

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ANA CAROLINA STOBBE
06/06/2023

A educação inclusiva é prevista pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Nº13.146/2015). Baseada na Convenção sobre os Direitos das PCDs da Organização das Nações Unidas (ONU), a lei considera obrigatório o atendimento educacional especializado em todos os níveis, desde a educação básica até os cursos superiores.

De maneira geral, são consideradas pessoas com deficiência aquelas com impedimento físico, mental, sensorial e/ou intelectual a longo prazo. Além de atender esses grupos, a educação inclusiva alcança os alunos neuroatípicos – aqueles que possuem algum transtorno no funcionamento psíquico.

São considerados neuroatípicos os alunos com:

  • Transtorno do Espectro Autista (TEA);
  • Altas Habilidades/superdotação (AH/SD);
  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
  • Dislexia, disgrafia e discalculia (transtornos de aprendizagem);
  • Síndrome de Down.

Leia mais: Trabalhando o autismo e a inclusão na escola

Para garantir efetivamente a inclusão dos alunos neuroatípicos na escola, é importante que existam profissionais de atendimento educacional especializado e professores qualificados. Mas não só isso. Na verdade, toda a comunidade escolar deve estar inserida em uma cultura de respeito à diversidade.

Atendimento especializado para alunos neuroatípicos é fundamental. Mas toda comunidade escolar precisa se envolver numa cultura de respeito à diversidade. Crédito: Freepik.

Inclusão em todas as atividades

A ideia de uma educação inclusiva é relativamente recente. Por décadas, prevaleceram visões excludentes sobre a deficiência, incluindo a criação de escolas para “alunos especiais” – que os retiravam do convívio social de pessoas sem deficiência (ou neurotípicos, sem o “a”).

Atualmente, a lei prevê que alunos neuroatípicos e com deficiência sejam preferencialmente matriculados em instituições de ensino convencionais. As escolas, assim, constroem uma aprendizagem baseada na coletividade – neurotípicos e neuroatípicos aprendendo juntos –, o que tende ampliar a convivência e o respeito fora da sala de aula.

Isso significa que um aluno neuroatípico pode, sim, realizar as mesmas atividades que os demais. No documentário Todos com Todos, produzido pela Secretaria dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Estado de São Paulo, é possível conhecer a história de Samuel, um garoto com Síndrome de Down que estuda em uma instituição de ensino pública comum.

“A gente teve contato com quem estava em escola especial e quem estava em escola comum e a gente percebeu que tinha uma diferença significativa no desenvolvimento. Efetivamente, quem estava em uma escola comum, em contato com atividades de todos os tipos, acabava tendo um desenvolvimento melhor”, relata Fábio Adiron, pai de Samuel.

Dentro da escola, é possível perceber um estímulo contínuo ao desenvolvimento de suas habilidades, assim como ao restante da turma. Em certos momentos, Samuel é convidado a responder questões à professora e auxilia os colegas em trabalhos em equipe. Dessa maneira, ele recebe atendimento educacional especializado, mas está integrado em todas as atividades escolares, aprimorando o convívio com os demais estudantes.

A inclusão foi tão eficaz que Samuel não apenas concluiu o ensino básico, como o superior: graduou-se em Pedagogia. Agora, seu objetivo profissional é ajudar crianças durante o processo de aprendizagem.

Leia mais: Educação inclusiva: mudar a escola para não deixar ninguém para trás


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