fbpx
Sala de aula eficaz

6 educadores e sua visão sobre alfabetização

Compartilhe:

REDAÇÃO RHYZOS   
06/09/2023   

O Dia Internacional da Alfabetização é celebrado em 8 de setembro. A data foi instituída em 1967 durante conferência geral da Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, como uma forma de lembrar a importância desse aprendizado tão elementar.

Afinal, se a educação é o caminho para termos uma sociedade mais inclusiva e sustentável, a alfabetização é o meio de fazer com que todos consigam participar dessa construção.

Apesar dos avanços obtidos nas últimas décadas, o analfabetismo ainda está bem longe de ser erradicado. Segundo a Unesco, no mundo inteiro existem mais de 763 milhões de jovens e adultos sem competências básicas de leitura e escrita.

No Brasil, são 9,6 milhões de pessoas nessa condição, conforme o IBGE. Isso para não falar dos analfabetos funcionais aqueles que sabem ler e escrever, mas não conseguem interpretar informações. Estudos estimam que um a cada três brasileiros se enquadram nessa categoria.

Hoje, quando falamos em alfabetização, é impossível dissociá-la do letramento. Enquanto o primeiro processo se faz pelo domínio da técnica e consiste em decodificar a língua por meio da leitura e da escrita, o segundo se refere à capacidade de compreensão, interpretação e uso da língua nas práticas sociais. Ou seja, uma pessoa alfabetizada não é necessariamente uma pessoa letrada, pois não exerce a função social de ler e escrever.

Leia mais: Quem foi Magda Soares, referência mundial em alfabetização

6 educadores falam de alfabetização

Os conceitos de alfabetização e letramento são tão intrínsecos que estão presentes nos discursos de educadores com distintas abordagens. Em alusão ao Dia Internacional da Alfabetização, lembraremos aqui o que alguns deles já falaram ou escreveram sobre o tema.

“A alfabetização é mais, muito mais, do que ler e escrever. É a  habilidade de ler o mundo.”

Paulo Freire (1921-1997) – Patrono da educação brasileira, o autor de “Pedagogia do oprimido” é notório por ter desenvolvido um método de alfabetização de adultos baseado na educação dialógica, com estímulo à consciência crítica e uma linguagem mais próxima dos alunos.


Magda Soares

“As camadas populares têm que lutar muito contra a discriminação e a injustiça. Alfabetização e letramento têm esse objetivo: dar às pessoas o domínio da língua como instrumento de inserção na sociedade e de luta por direitos fundamentais”.

Magda Soares (1932-2023) – Uma das principais linguistas brasileiras, a educadora pesquisou a alfabetização infantil por meio de uma perspectiva multifacetada, integrando métodos de ensino com perspectivas sociais, políticas e históricas. Escreveu diversos livros, inclusive didáticos, que se tornaram referência em sala de aula a partir da década de 1970.


“A alfabetização é uma ponte da miséria para a esperança.”

Darcy Ribeiro (1922-1997) – Antropólogo, sociólogo, escritor, indigenista e político, Darcy Ribeiro foi um dos principais intelectuais do Brasil, tendo atuado em defesa da educação pública de qualidade.


“Toda ação precisa de um instrumento. O instrumento básico da vida é a instrução. Se educar é aprender a viver, é aprender a pensar.”

Antonieta de Barros (1901-1952) – Professora e jornalista, foi a primeira negra a ser eleita deputada no Brasil. Teve ampla atuação na área educacional, inclusive criando um curso de alfabetização voltado à população carente.


“O processo de alfabetização nada tem de mecânico do ponto de vista da criança que aprende. A criança constrói seu sistema interativo, pensa, raciocina e inventa buscando compreender esse objeto social complexo que é a escrita.”

Emilia Ferreiro (1936-2023) – Educadora argentina e uma das principais teóricas no campo da psicopedagogia. Sua abordagem construtivista destaca a importância de entender como as crianças formam seu próprio conhecimento durante o processo de alfabetização.


“A alfabetização está tão entrelaçada em nossas vidas que muitas vezes deixamos de perceber que o ato de ler é um milagre que está acontecendo nas nossas mãos.” 

Maryanne Wolf – Professora da Universidade da Califórnia (UCLA) e diretora do Centro de Dislexia, Aprendizagem Diversa e Justiça Social da instituição, a neurocientista norte-americana defende o estímulo à leitura ainda na primeira infância.

Leia mais: Por que colocar os alunos no centro da aprendizagem é tão importante?

Compartilhe:
,

Comente

Ainda não possui comentários

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Postagens Recentes

Entenda alguns recursos inovadores que são essenciais para o desenvolvimento profissional dos professores

Leia mais

Tendências na educação para 2024

Leia mais

Educação holística: a importância de considerar o aluno em sua totalidade no processo educativo

Leia mais

Reflexões sobre o ano: uma análise dos maiores desafios e conquistas na educação em 2023

Leia mais

Implementando práticas sustentáveis na escola: um olhar para o próximo ano

Leia mais

Ebook

O Professor 5.0

Postagens Populares

1

Entenda alguns recursos inovadores que são essenciais para o desenvolvimento profissional dos professores

Leia mais
2

O “S” de ESG – e o que isso significa para a educação

Leia mais
3

Como garantir a inclusão de alunos neuroatípicos na escola

Leia mais
4

Feiras de ciências: cinco eventos para ficar de olho em 2023

Leia mais
5

As 5 vantagens de transformar sua escola em uma instituição bilíngue

Leia mais