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Prática docente

Aqui estão 6 maneiras de usar o ChatGPT em sala de aula

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REDAÇÃO RHYZOS
23/02/2023

A última década foi de grandes transformações na educação. A cada novidade, porém, os educadores sempre se questionam: essa ferramenta é benéfica ou prejudicial para o meu trabalho?

A bola da vez é o ChatGPT, um software gratuito de Inteligência Artificial (IA) que desenvolve textos longos em questão de segundos. Só que não estamos falando de respostas no piloto automático, como as que recebemos de assistentes virtuais no e-commerce ou em aplicativos de trânsito. É como se o robô falasse com você.  

E é por isso que o ChatGPT assusta. Como se trata de um modelo de linguagem projetado para ter conversas naturais com seres humanos, ele oferece respostas personalizadas a cada pergunta. O que dificulta, por exemplo, verificar se uma redação foi ou não fraudada com a ajuda do robô. 

Quando reconhecemos que os nativos digitais estão sempre um passo à frente em termos de tecnologia, e que a essa altura eles já estão cientes do ChatGPT, é fácil entender o receio dos professores. Mas a verdade é que os educadores já passaram por esse sentimento outras vezes. Foi assim quando surgiu a calculadora, o corretor ortográfico, o Google, a Wikipedia… Goste-se ou não, a IA veio para ficar. 

Para apoiar os professores, o portal Rhyzos Educação reúne abaixo alguns exemplos práticos para o uso do ChatGPT em sala de aula, tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio. Acompanhe. 

6 maneiras de usar o ChatGPT em sala de aula

ChatGPT em sala de aula

1) Aula de literatura e linguagem 

O ChatGPT é um programa de computador que reorganiza palavras (baseado em um enorme banco de dados), mas não aplica sentimento ou outro componente emocional. Seu resultado é um texto frio. Para um exercício lúdico, o professor pode compartilhar um ou mais textos de escrita humana e pedir aos alunos para compará-lo com um exemplo do ChatGPT. Depois, pode promover um debate sobre o que torna um texto humano – e o que decididamente não o torna. 

Leia mais: ChatGPT e outras inovações: o impacto da Inteligência Artificial nas escolas

2) Desenvolver pensamento crítico 

As respostas do ChatGPT podem servir como ponto de partida para a reflexão e o desenvolvimento do senso crítico dos estudantes. “Em um diálogo construtivo e com a adoção de metodologias ativas, é possível avaliar como as respostas do ChatGPT poderiam ser melhoradas e o que faltou à IA para trazer uma informação melhor adequada ao conhecimento que se espera construir”, sugeriu o professor Luciano Sathler, membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

3) Aprendizagem baseada em projetos 

A premissa da aprendizagem baseada em projetos é desafiar os alunos a solucionar problemas relevantes do mundo real. Nesse caso, o ChatGPT seria um “participante” de uma reunião de brainstorm dos alunos – aquela reunião onde os participantes vão listando diversas ideias até encontrar a que melhor lhes agradam. A IA poderia não só gerar ideias, como também fornecer perguntas disparadoras, argumentos e ações para um trabalho mais eficaz. 

4) Monte planos de aula 

Pergunte ao ChatGPT como ele pode ajudar na aula de um determinado assunto. O professor pode pedir dicas de atividades ou mesmo um plano de aula completo. Por exemplo, quando solicitamos o prompt “crie um plano de aula de 45 minutos sobre a fórmula de Bhaskara para alunos do sétimo ano”, o software entregou em menos de um minuto um guia para cada etapa da aula – introdução (5 min), instrução direta (20 min), prática guiada (10 min), prática individual (10 min) e conclusão (5 min). 

5) Letramento em IA

O advento do ChatGPT pode servir de gancho para ensinar os alunos sobre o que é inteligência artificial (pois o termo abrange uma variedade de funcionalidades) e como usá-la. O professor também pode discutir ética, moral e responsabilidade no uso das ferramentas.

Leia mais: Paulo Blikstein: “Tecnologias só são efetivas quando integradas ao currículo escolar”

6) Teorias simplificadas

O ChatGPT é uma excelente ferramenta para aguçar a curiosidade, fomentar o debate e até mesmo entender conceitos complexos. É que o usuário pode pedir ao chatbot para explicar teorias complexas. Por exemplo, você pode solicitar o seguinte prompt: “Explique para uma criança de três anos a teoria da relatividade de Einstein”. 

Em nosso teste, obtivemos a seguinte resposta: “Imagine que você e seu amigo estão jogando bola em um trem que está se movendo muito rápido. Quando você joga a bola para o seu amigo, parece que vai direto para ele. Mas se alguém no chão, do lado de fora do trem, estivesse observando, veria a bola se movendo em uma curva porque o trem também está se movendo. A teoria de Einstein diz que a maneira como vemos as coisas se movendo depende do nosso ponto de vista. Isso pode parecer um pouco confuso, mas é importante lembrar que as coisas podem parecer diferentes dependendo de onde você está. E é disso que trata a teoria da relatividade de Einstein!”

Faz sentido, não é? 

Não esqueça de desconfiar 

Em uma “entrevista” ao jornal Valor Econômico, o ChatGPT reconheceu ser uma ferramenta útil para responder a perguntas com rapidez e fornecer informações gerais, mas que não deve ser considerado uma fonte confiável ou definitiva de informação para estudantes. 

“As respostas geradas pelo modelo podem conter vieses e erros, e o modelo não é capaz de avaliar a qualidade e a precisão das informações. Portanto, é importante que os estudantes verifiquem as informações obtidas através de múltiplas fontes confiáveis antes de usá-las em seu trabalho escolar.” 

Portanto, desconfiar da IA é preciso. Sempre. 

Leia mais: Maria Cláudia Amaro: Aprendizagem imersiva, uma tendência na educação infantil


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