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Sala de aula eficaz

Escolas inovadoras: o que elas fazem? 

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ANA CAROLINA STOBBE 
22/09/2022 

Certa vez, em um escritório localizado em São Paulo, o educador Eduardo Shimahara compartilhou com um grupo de amigos um sonho: escrever um livro que mostrasse iniciativas de educação inovadoras espalhadas pelos diferentes continentes. A ideia deu certo. Shimahara, juntamente com André Gravatá, Camila Piza e Carla Mayumi, do “Coletivo Educ-ação”, uniram-se para lançar, em 2013, o livro digital “Volta ao Mundo em 13 Escolas”.  

Apesar de quase uma década desde o lançamento, o livro tem influenciado toda uma geração de educadores e entusiastas do tema. A curiosidade é o fio condutor da obra, que já começa com uma grande explicação sobre a maneira como pensam os autores. A leitura é prazerosa, sem academicismos, por mais que o embasamento teórico seja apresentado em suas páginas. Aliás, o formato escolhido para contar todas essas histórias sobre iniciativas inovadoras foi o livro-reportagem. Desse modo, os autores conseguem tornar o texto acessível para todos.  

Apesar de tratar sobre educação inovadora, a obra não objetiva trazer uma “fórmula” para o ensino brasileiro. Muito pelo contrário, visa justamente demonstrar as vastas possibilidades existentes na área. Da periferia às grandes cidades no exterior, do Ensino Básico ao Superior, é sobre isso que se trata essa jornada: diversidade e um mundo sem fronteiras.  

Uma verdadeira volta ao mundo 

Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, fundado por Tião Rocha.

Para trazer ao público iniciativas verdadeiras inspiradoras, o grupo viajou por todos os continentes, assim como havia sido proposto por Eduardo logo no primeiro encontro. Dessa maneira, os exemplos apresentados vêm de países que incluem Indonésia, Índia, África do Sul, Espanha, Inglaterra, Noruega, Estados Unidos, Argentina e, claro, Brasil. No total, são quatro iniciativas brasileiras – mostrando que o País também sabe inovar.  

Leia mais: As três escolas brasileiras que estão entre as 50 melhores do mundo 

Além disso, é possível personalizar a experiência de leitura. Afinal, cada um dos autores sugere um roteiro pessoal, com base em assuntos que consideram relevantes. Existe também um ordenamento por meio de temáticas gerais – para quem quiser ir pelo tradicional. Dessa forma, diversos sumários compõem a obra.  

A seguir, conheça algumas das escolas perfiladas no livro.  

  • Politeia: localizada no bairro de Perdizes, em São Paulo, é uma escola de Ensino Fundamental de iniciativa privada. Nela, temas simples e complexos são abordados em múltiplos formatos – e o resultado de cada pesquisa é compartilhado com a comunidade em geral.  
  • Desembargador Amorim Lima: também em São Paulo, essa escola municipal volta sua pedagogia ao desenvolvimento da autonomia dos seus educandos do Ensino Fundamental. Lá, a democracia e a resolução de conflitos são amplamente apoiadas. 
  • Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento: localizada no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, a ONG oferece atividades em um turno alternativo ao que frequentam o ensino regular. Tião Rocha, fundador do projeto, é um defensor da escuta contínua, se permitindo ouvir os estudantes. É também um ambiente que perpassa as paredes da sala de aula, com projetos itinerantes que percorrem a comunidade.  
  • YIP: na longínqua cidade de Järna, na Suécia, está o YIP, um curso de dez meses para que jovens de 19 a 25 anos conheçam melhor a si próprios, entendam seus limites e descubram potencialidade. Há, lá, uma valorização maior das relações humanas do que dos conteúdos. Além disso, é um espaço de convívio entre a diferença: com pessoas de diversos países, o inglês é utilizado como língua oficial. 
  • Riverside School: essa escola está localizada no hemisfério oriental do planeta Terra, na cidade de Gujarat, na Índia. O ambiente claro e colorido conta com todas as etapas de Ensino Básico. A metodologia utilizada é baseada no design thinking, pensando de forma criativa para a resolução de problemas. Além disso, ela foca no aprendizado “mão na massa”. Por fim, os alunos auxiliam a conduzir os diferentes percursos de aprendizagem que levam em consideração os diversos tipos de inteligência. 

Leia mais: Pesquisa investiga cultura maker nas escolas brasileiras 


VOLTA AO MUNDO EM 13 ESCOLAS, por Coletivo Educ-ação 
Editora: Fundação Telefônica 
Ano: 2013 
Número de páginas: 388 
E-book gratuito 


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