Feedback construtivo na escola: por que é importante – e como fazer
LILIANE MOURA
17/06/2022
O sucesso de uma empresa depende de fatores como colaboração entre colegas, clareza nas orientações e espaço para debater a execução de tarefas. Também é fundamental que qualquer pessoa saiba como seus líderes avaliam sua dedicação. A mesma lógica pode se aplicar ao mundo da educação.
Quando o aluno do Ensino Básico toma ciência de que está trilhando o caminho certo, naturalmente ele aumenta a autoestima e se motiva para seguir assim. Ou então para continuar tentando atingir os objetivos traçados, mas com a ajuda de professores e ou mesmo de uma equipe pedagógica. Aí está a importância do feedback construtivo em sala de aula.
Estabelecer transparência e manter aberto um canal de diálogo são eixos centrais na construção de um relacionamento saudável entre aluno e professor. A iniciativa beneficia o processo de aprendizagem, gerando engajamento dentro e fora da sala de aula, além de melhorar o convívio no ambiente escolar.
Ao mesmo tempo, o feedback construtivo permite compreender o que deve melhorar na atuação de ambas as partes. Enquanto o professor consegue aperfeiçoar suas técnicas de ensino, o estudante se sente mais respeitado e confortável para se manifestar em relação à rotina escolar.
Leia mais: “Não entender os alunos é a principal causa de afastamento dos professores”
Na prática: feedback construtivo em sala de aula
O sucesso da estratégia de feedback construtivo começa por um plano de ação que considera a evolução do discente, que deve ser desenvolvido em conjunto com a turma. O momento serve para estabelecer objetivos alcançáveis individualmente e coletivamente – ou seja, tanto pelo professor quanto pela turma.
A partir de uma comunicação clara e objetiva, a criança saberá o que se espera dela, e conseguirá se planejar para atingir as metas traçadas. A materialização desses esforços é feita tanto pela busca de conteúdos informativos quanto trocando conhecimentos com os próprios colegas.
Durante a realização das atividades, a oferta de um feedback construtivo agrega segurança à trajetória de aprendizado. De quebra, o diálogo tende a gerar resultados positivos na construção de conhecimento e no desenvolvimento de soft skills como a resiliência. Como o erro também faz parte da rotina de estudos, é importante saber superá-lo sem que haja perda de motivação.
Leia mais: Lourdes Atie: “O mundo mudou – e a escola precisa mudar também”
A análise dos resultados alcançados precisa ser frequente e considerar os avanços e retrocessos. Além disso, o professor deve iniciar a conversa apontando os aspectos positivos do estudante, e só depois os negativos. É importante observar, ainda, que o processo é feito individualmente, e não na frente de toda a turma, a fim de evitar constrangimentos.
O momento abre espaço para o esclarecimento de dúvidas e o compartilhamento de questões sensíveis,que possam estar afetando o rendimento e o engajamento do aluno. Entram aqui problemas familiares e necessidade de trabalhar no contraturno, por exemplo. Daí a necessidade de o profissional agir com empatia, buscando soluções adequadas para os desafios impostos pelas realidades individuais.
Leia mais: Os melhores modelos de avaliação na educação do século 21
Tem uma sugestão de pauta? Quer compartilhar sua experiência em sala de aula, inspirando outros professores? Então escreva pra gente! Você pode fazer isso usando a caixa de comentários abaixo. Ou através de nossas redes sociais – estamos no Facebook, no Instagram e no LinkedIn.
