A importância da educação para um meio ambiente sustentável
PAULA CHIDIAC 20/03/2023
O mundo alcançou a marca de 8 bilhões de habitantes em novembro de 2022. E, como alerta a Organização das Nações Unidas (ONU), é preciso ter cautela em relação aos impactos desse crescimento populacional na natureza. Se antes já se defendia uma educação voltada para a conscientização ambiental, agora esse debate torna-se mais urgente.
A crise ambiental dominou o Fórum Econômico Mundial de 2023. Os principais riscos de longo prazo apontados pelo Global Risk Report vão desde a falha em mitigar ou se adaptar às mudanças climáticas até, crises massivas de refugiados. Sem contar que as crianças de até cinco anos são as que mais sofrem com os impactos ambientais: de acordo com o relatório Poluição atmosférica e saúde infantil: prescrevendo ar limpo, esta é uma das principais causas de morte entre pessoas desta faixa etária.
E o que as escolas têm a ver com isso?
As escolas são responsáveis por desenvolver as habilidades primárias das crianças. Também têm o papel de estimular a visão crítica dos estudantes em relação à maneira como enxergam o mundo.
Pensando nisso, a Unesco, agência vinculada à ONU, vem implementando um programa com foco na Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS). Suas propostas pautam a necessidade de discutir mudanças climáticas, perda de biodiversidade e uso insustentável de recursos desde o ensino básico.
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Somente o contato direto com a natureza pode garantir a efetiva implementação da EDS. Fora das quatro paredes da sala de aula, as crianças deixam de ver os espaços verdes como locais sujos ou perigosos.
Também é recomendável a adoção de abordagens globais e regionais, garantindo aos alunos a colaboração em ações de sua comunidade e o conhecimento das forças econômicas, políticas e sociais por trás da crise climática.
Projetos nacionais
Algumas iniciativas nacionais merecem destaque. O Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia (Napra), por exemplo, é uma organização privada sem fins lucrativos que visa a formação de pessoas que contribuam com ação comunitária no contexto amazônico a partir da interação com essas comunidades.
Já o Programa Jovens Mineiros Sustentáveis é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais que oferece treinamento para professores em educação ambiental. Por meio dele, os alunos aprendem sobre consumo consciente de água e energia, cidadania, gestão sustentável de resíduos sólidos e educação humanitária para o bem-estar animal.
Independentemente da abordagem, a EDS é fundamental para formar cidadãos conscientes e engajados em práticas sustentáveis. As crianças devem ser vistas como agentes dessa mudança. Afinal, como defende a ativista sueca Greta Thunberg, que se tornou mundialmente conhecida por protestar contra o aquecimento global aos oito anos, “ninguém é pequeno demais para fazer a diferença”.
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