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Competências

A diferença entre STEM e STEAM. E sua relação com a PBL

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JULIANA COIN
04/04/2022

Faz anos que os termos STEM e STEAM ascenderam no setor educacional. Eles geralmente são usados para indicar que escolas adotam abordagens de ensino interdisciplinar.

O acrônimo STEM deriva das palavras Science (ciências), Tecnology (tecnologia), Enginnering (engenharia) e Math (matemática). São áreas do conhecimento que envolvem as exatas e o raciocínio lógico.

O STEAM, por sua vez, tem a adição do A de Arts (artes), o que torna a abordagem mais ampla ao absorver elementos das humanidades, como subjetividade, design e contextos sociais.

Ambas as abordagens podem ser utilizadas em metodologias conhecidas pela sigla PBL. O termo pode fazer referência tanto à Problem Based Learning quanto à Project Based Learning. A diferença entre os termos é controversa – embora, não raro, também sejam confundidas como sinônimos. Em comum: ambos têm o objetivo de fazer com que os alunos adquiram conhecimento de um determinado conteúdo e habilidades relativas à resolução de problemas.

A diferença entre STEM e STEAM? A segunda adiciona as artes, o que torna o ensino mais amplo ao absorver elementos das humanidades.

No Problem Based Learning (Aprendizagem Baseada em Problemas) os estudantes elaboram soluções para problemas reais. A metodologia usa cenários diferentes para conduzir os alunos por um caminho planejado rumo ao conjunto estabelecido de resultados.

No Project Based Learning (Aprendizagem Baseada em Projetos) também há um problema inicial. Mas a metodologia vai além de meramente elencar uma ou mais soluções para ele. É preciso pôr a mão na massa. “A ideia é que você construa algo, uma motivação que gera conexão com o conhecimento”, explica a engenheira Camila Pereira, empreendedora e designer educacional.

Camila acrescenta que, ao abranger as disciplinas STEM ou STEAM, a PBL conecta o conhecimento do aluno com os problemas reais, estimulando a criatividade e a inovação. O que inclui muita tentativa e erro. “A ideia dessa metodologia ‘mão na massa’ é aprender errando. Se não deu certo, isso não diz nada sobre a capacidade do aluno. Mas que podemos analisar e construir conhecimento a partir disso”, pontua.

Popularidade do STEM

A adesão ao STEM cresceu porque passou a ser determinante na sociedade. Suas quatro áreas (ciências, tecnologia, engenharia e matemática) abrem um mundo de oportunidades, experiências e perspectivas de carreira no mundo atual.

Nos Estados Unidos, uma análise da PwC – com base em projeções do Bureau of Labor Statistics (BLS), antes da pandemia – concluiu que os empregos relacionados aos temas STEM devem superar a oferta no restante da economia entre 2019 e 2029 (9,2% ante 3,7% no geral).

A adição das artes ao movimento surgiu a partir da educadora Georgette Yakman, em 2007. Ela o definiu como “Ciência e Tecnologia, interpretadas por meio da Engenharia e das Artes, todas baseadas em elementos da Matemática”. Dali em diante, o STEAM inspirou sistemas escolares, empresas e organizações a criar novas experiências de aprendizado, envolventes, divertidas e lúdicas, que capturaram o interesse das crianças desde o início.

Transformar ambientes de aprendizagem de STEM para STEAM muda a maneira como as pessoas veem e pensam sobre assuntos como ciência, matemática e tecnologia, e isso pode fazer toda a diferença. Ou melhor, já tem feito. Certa vez, ao encerrar uma apresentação, Steve Jobs (1955-2011) exibiu uma imagem com placas que mostravam um cruzamento da rua das Artes Liberais com a rua da Tecnologia. “A tecnologia por si só não basta”, disse ele, em resposta àqueles que se perguntavam qual era o segredo da Apple. “Acreditamos que é o casamento da tecnologia com as humanidades que nos permite obter o resultado que nos alegra o coração.”

Portanto, se queremos desenvolver pessoas competentes e competitivas para o século 21, adicione agora mesmo o A ao STEM.


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