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Gestão escolar

Violência nas escolas: 3 pilares de proteção e apoio à saúde mental

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DANIEL SANES
14/04/2023

A recente onda de violência nas escolas brasileiras colocou educadores, estudantes e famílias em alerta – e em busca de ações para conter a espiral de violência. Protocolos emergenciais para reforçar a segurança são pertinentes e necessários. Mas, no âmbito pedagógico, há sempre que se pensar em medidas de longo prazo. 

“Um fator que chama atenção é o aumento de estudantes em vulnerabilidade emocional. São pessoas com transtornos mentais, nem sempre diagnosticados, que compõem um perfil de estudantes que impacta diretamente as relações no ambiente escolar”, diz a psicóloga Karina Nones Tomelin, professora do curso “Competências Socioemocionais para Docentes”, da Academia Rhyzos

De acordo com a pedagoga, alunos desatentos, ansiosos, deprimidos e, em alguns casos, violentos estão nas salas de aula sem serem notados. Ou pior: sendo preteridos e excluídos dos olhares das coordenações, dos docentes e dos colegas de turma. 

“As consequências podem ser graves, levando a tragédias como as que vimos recentemente. Isso sem falar nos inúmeros casos de suicídio”, alerta Karina.

Leia mais: Como está a saúde mental do gestor escolar?

3 pilares para a escola diminuir a violência 

Para Karina Tomelin, é essencial que a escola trabalhe, em suas práticas pedagógicas, três pilares para reduzir a violência. São eles:

Preventivo

Trata-se de fazer do ambiente educacional um espaço de pertencimento e segurança psicológica, no qual as pessoas se sintam acolhidas. 

É preciso estimular o respeito e o desenvolvimento de um relacionamento saudável na comunidade escolar, incluindo as famílias, já que elas podem alertar para eventuais situações de perigo e sobre o comportamento desses jovens nas redes sociais. Sob o aspecto da prevenção, também é recomendável um rígido controle sobre o acesso de pessoas não autorizadas ou armadas na escola.

Preditivo

É importante conhecer os estudantes, saber onde e como vivem, quais as dificuldades que enfrentam. 

A escola deve armazenar esses dados de modo a identificar alunos com transtornos de saúde mental ou déficit de aprendizado que eventualmente precisem de mais apoio ou intervenção específica.

Reativo

A reação só ocorre quando, de fato, surge uma situação de crise ou risco. 

Nesses casos, é importante estar preparado para tomar algumas atitudes – entre elas, saber como se comunicar com as famílias, com os demais alunos e com a mídia. Mas esse, claro, é o pior dos cenários. O objetivo é trabalhar para não chegar nele.

Leia mais: Intolerância religiosa: qual é o papel da escola no combate à discriminação?


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