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Sala de aula eficaz

Pesquisa investiga cultura maker nas escolas brasileiras 

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DANIEL SANES 
05/09/2022 

O conceito de cultura maker é bastante conhecido entre os educadores brasileiros. Na prática, porém, ainda existem poucas iniciativas – principalmente no ensino público, onde os recursos são mais limitados – que proponham colocar a mão na massa para solucionar problemas. 

Essa realidade é o objeto de pesquisa da professora de Matemática Bruna Braga de Paula em sua dissertação de mestrado pelo Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus de São José dos Campos. Intitulado Cultura maker na educação: uma abordagem integrada ao ensino, o estudo analisa como essa metodologia ativa se faz presente na educação brasileira, sugerindo formas de trabalhá-la com materiais e ambientes acessíveis para diferentes realidades

Leia mais: 5 mitos e verdades sobre a educação maker 

Geralmente, quando se fala de inovação no ensino, a ideia remete a megalaboratórios e ferramentas tecnológicas de última geração. Bruna busca mostrar que é possível desenvolver boas iniciativas levando em conta a realidade das escolas e dos estudantes brasileiros. 

 “A cultura maker envolve tecnologia, mas não é só isso. É fundamental levar esse aspecto em consideração quando se pensa nas escolas públicas, que estão mais distantes no que se refere a trabalhos em salas makers, com robótica e programação. O trabalho manual e o conserto de materiais e objetos, que podem ser recriados e não apenas descartados, por exemplo, desenvolvem a capacidade de identificar o problema e resolvê-lo de outras formas”, argumenta a pesquisadora. 

Segundo Bruna, embora haja uma percepção maior da comunidade escolar sobre a importância da cultura maker, o Brasil ainda tem um longo caminho a avançar no desenvolvimento dessa prática. “A partir da pesquisa, foi possível constatar a necessidade de mais estudos a respeito da aplicabilidade maker no contexto educacional a fim de contribuir para a transformação do ensino tradicional em um ensino mais flexível, inovador e significativo”, ressalta. 

Como resultado do trabalho, desenvolvido sob orientação da professora Camila Bertini Martins e com coorientação do professor Tiago de Oliveira, Bruna elaborou um material de atividades a serem desenvolvidas na sala de aula com propostas associadas às habilidades mencionadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).  

“Essa ferramenta foi construída para direcionar os docentes, propondo atividades que possam ser criadas nas aulas independente do espaço disponível. A ideia é promover ações diferenciadas que envolvam o aprendizado e despertem o interesse estudantil”, conclui a educadora.  

Leia mais: O próximo passo da educação maker 


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