O estímulo ao protagonismo do aluno na escola
Um conteúdo DreamShaper 05/05/2022
Na educação, as primeiras décadas do século 21 ficaram marcadas pelo esgotamento do modelo de ensino tradicional. A mera transmissão de conteúdo do professor para o aluno passivo perdeu espaço em escolas e universidades. No lugar, emergiram propostas pedagógicas inovadoras, como as metodologias ativas, que estimulam o protagonismo do aluno em sala de aula.
É o caso da aprendizagem baseada em projeto (ABP ou PBL, na sigla em inglês). No PBL, o estudante desenvolve a autonomia durante todo o processo de aprendizagem. Assim, o conhecimento é construído de maneira conjunta e aplicado na prática para resolver problemas da sociedade. Ao contrário das aulas expositivas, onde a retenção do conhecimento costuma ser temporária.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em vigor no Brasil desde 2018, abraçou essa transformação. Para se ter uma ideia, as palavras “protagonismo” e “protagonista” aparecem 66 vezes na BNCC, documento que norteia a construção dos currículos das escolas brasileiras. Os termos são presença constante tanto na descrição das competências gerais como na das competências específicas de cada disciplina.
O estímulo ao protagonismo é visto pela BNCC como uma obrigação. “Garantir o protagonismo dos estudantes em sua aprendizagem e o desenvolvimento de suas capacidades de abstração, reflexão, interpretação, proposição e ação, essenciais à sua autonomia pessoal, profissional, intelectual e política”, reforça o documento em trecho dedicado aos compromissos das escolas com a população jovem.
Leia mais: FAQ: Entenda como funciona a aprendizagem baseada em projetos
Além de cumprir a BNCC, há uma série de motivos para as escolas colocarem os estudantes no centro do processo de aprendizagem. Levando em conta o contexto do Novo Ensino Médio e as transformações sociais e trabalhistas do século 21, é possível citar ao menos três razões, conforme abaixo:
1) Preparação para os itinerários formativos
No Novo Ensino Médio, 40% da carga horária total será ocupada pelos itinerários formativos. As escolas devem oferecer ao menos dois componentes curriculares desse tipo, deixando que os alunos optem por aqueles que desejam cursar. E a preparação para escolher os itinerários formativos exige estímulo ao protagonismo desde as séries iniciais.
Inclusive, durante uma websérie da DreamShaper sobre o tema, especialistas em educação destacaram que o protagonismo do aluno é o ponto de partida para a criação dos itinerários formativos. Isso significa que as instituições precisam observar quais atividades e temáticas entusiasmam as novas gerações para mantê-las engajadas em sala de aula.
2) Construção dos Projetos de Vida
O Projeto de Vida é outro elemento central do Novo Ensino Médio. Seu objetivo é desenvolver aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais para ensinar os jovens a tomar decisões conscientes, planejando os próximos passos das suas jornadas pessoais e profissionais. Nesse cenário, adquirir autonomia é indispensável.
Mais uma vez, tudo depende de o aluno ter um papel central em todas as etapas do processo de aprendizagem. “O protagonismo e a autoria estimulados no Ensino Fundamental traduzem-se, no Ensino Médio, como suporte para a construção e viabilização do projeto de vida dos estudantes, eixo central em torno do qual a escola pode organizar suas práticas”, reforça o texto da BNCC.
3) Desenvolvimento de competências socioemocionais
Relevantes tanto na vida em sociedade como para conquistar uma vaga no mercado de trabalho, as competências socioemocionais são decisivas para o futuro dos jovens. O estímulo ao protagonismo – presente nas atividades das metodologias ativas – são fundamentais para o desenvolvimento dessas habilidades.
Ou seja, a autonomia do aluno facilita a conquista de soft skills, como pensamento crítico, pensamento analítico, criatividade, comunicação, trabalho em equipe, e resiliência. O PBL, por exemplo, faz isso ao empregar elementos de observação, pesquisa, investigação e curiosidade para resolver problemas reais da comunidade.
Este é um conteúdo oferecido pela DreamShaper, uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.